Aqui está um texto sobre o encerramento da Wayfare Foundation, detalhando os fatores que levaram essa entidade do terceiro setor a encerrar suas atividades. De forma resumida, o fechamento foi motivado por ameaças ao fundador, o bilionário Steve Sarowitz, em meio à confusão envolvendo Baldoni e Lively.
A fundação utilizava recursos da fortuna de Sarowitz para apoiar financeiramente diversas organizações não governamentais. Com o encerramento da entidade, surge a preocupação de que essa fonte de financiamento seque. No entanto, o bilionário continuará realizando doações, agora por meio de um fundo aconselhado por doadores (donor-advised fund, ou DAF).
Uma das vantagens dos DAFs é que eles não precisam divulgar relatórios financeiros públicos. Além disso, são mais ágeis e menos burocráticos, o que permite que uma parcela maior dos recursos chegue ao destino final. Como não publicam suas demonstrações contábeis, as doações tornam-se mais discretas — algo vantajoso em determinadas circunstâncias. Os DAFs também aceitam doações de ativos incomuns ou ilíquidos, como obras de arte, e oferecem deduções fiscais mais elevadas. No entanto, o doador não tem controle direto sobre o destino dos recursos — pode apenas recomendá-lo. Além disso, os recursos só podem ser direcionados a entidades certificadas pelo fisco, o que exclui, por exemplo, doações a pessoas físicas ou bolsas de estudo.
Até o encerramento da fundação, Sarowitz havia doado 160 milhões de dólares, sendo que mais de 60 milhões foram repassados a mais de 200 ONGs entre 2021 e 2024. Como seu objetivo é doar toda a fortuna em vida — atualmente estimada em 2,3 bilhões de dólares —, ainda há um volume significativo de recursos a serem distribuídos. Uma característica marcante da Wayfare era a doação sem restrições. Em 2023, o valor médio das doações foi de 127 mil dólares.