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21 dezembro 2012

Vale

A empresa Vale anunciou, num fato relevante, que concluiu a avaliação anual de ativos de alumínio e de Onça Puma. O resultado será o reconhecimento de um impairment (redução do valor recuperável do ativo) de US$ 4,2 bilhões. Isto naturalmente terá influencia no resultado da empresa em 2012.

Segundo a mineradora, os problemas com os dois fornos de Onça Puma determinaram a paralisação total das operações de ferro-níquel desde junho de 2012.

Após estudar o caso, a Vale resolveu reconstruir um dos fornos, com custos estimados em US$ 188 milhões em 2013, com a retomada das operações esperada para o último trimestre do ano que vem.

"Dado este evento e diante da atual situação de mercado para ferro-níquel, a valoração de Onça Puma determinou a necessidade de reconhecimento de impairment antes de impostos de US$ 2,848 bilhões", explica a companhia, em nota.

Em 30 de setembro de 2012, o valor contábil de Onça Puma era de US$ 3,778 bilhões.

Além disso, a Vale diz ainda que a volatilidade dos preços do alumínio e as incertezas macroeconômicas na Europa contribuíram para a redução do valor de mercado de sua participação de 22% na Hydro ASA (Hydro), produtora de alumínio norueguesa, a um nível inferior ao valor contábil do investimento.

"Com base nos preços das ações da Hydro em 30 de setembro de 2012, estamos reconhecendo impairment antes de impostos de US$ 1,3 bilhão, o que afetará nosso lucro no quarto trimestre de 2012".


Apesar dos referidos impactos, a mineradora afirma que permanece confiante nos fundamentos de longo prazo do mercado global de níquel. [1]

Fala também que acredita no potencial dos ativos da Hydro, para criar valor significativo para o acionista, como resultado de uma combinação de recursos naturais e liderança tecnológica de alumínio.

"Os impairments anunciados não terão qualquer efeito no fluxo de caixa da Vale [2] e serão tratados como itens excepcionais. Nossa revisão anual de ativos será concluída em conjunto com a divulgação de nossas demonstrações financeiras de 2012 em 27 de fevereiro de 2013 [3]".

[1] Isto não faz muito sentido, já que se os fundamentos de longo prazo fossem bons não haveria tal impairment.
[2] Diretamente não. Mas o resultado contábil tem implicações sobre pagamentos de impostos, dividendos, etc. Ou seja, afeta indiretamente o caixa.
[3] É interessante que a empresa já antecipou a divulgação do impairment para estes casos.

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